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No dia 29/02 o Maringá venceu o favorito América-MG por 2×0 em partida única, válida pela primeira fase da Copa do Brasil, como mais um resultado de um trabalho de paciência, persistência e boa organização – não somente dentro de campo.  Com uma gestão profissional desde 2017, alavancada pela Lei da SAF, o Maringá colhe ano após ano os frutos de uma visão estratégica e de longo prazo apoiada por uma governança corporativa organizada: receita destacada (em níveis de Clubes de Série B), dívida próxima de zero, fluxo de caixa sustentável e semifinalista do Campeonato Paranaense por três anos seguidos, tendo alcançado a 3° fase da Copa do Brasil em 2023 (sendo eliminado pelo Flamengo no jogo de volta no Maracanã após ter vencido por 2×0 em casa no jogo de ida).

Felizmente, o Maringá não está sozinho. Projetos de viés estruturado vem se tornando mais comuns no atual contexto transformacional do futebol brasileiro. Temos os exemplos também dos clubes de séries A e B que deram início aos movimentos de SAF e mudanças organizacionais, sendo que nos Brasileirões de Série A e B deste ano teremos, respectivamente, 7 e 5 SAFs (ou Clubes Empresa) dentre os 40 participantes – ou seja, 30% do total. Além destes, outros 09 clubes já constituíram suas SAFs e estão em processo de busca por investidores no mercado, dentre os quais se destacam dois cases de governança muito robusta em Fortaleza e Athlético Paranaense.

Portanto, somando os dois grupos, temos um total de 21 Clubes (ou seja, mais de 50%) já organizados na forma de sociedades privadas – uma mudança substancial em relação ao futebol brasileiro e seu modelo societário histórico, pautado em Associações sem fins lucrativos e com incentivos desalinhados de uma construção a longo-prazo.  Por tudo isso, a forma de fazer futebol no Brasil já mudou. E, não se enganem, o processo de seleção natural está em andamento – a tendência é que cada vez mais os clubes sigam a rota da profissionalização e da gestão qualificada, independente de serem ou não SAFs, tornando os ativos mais rentáveis e o produto mais atrativo para investidores, patrocinadores e emissoras, comprovando que o futebol brasileiro tem potencial para entrar definitivamente no mapa dos grandes investimentos disponíveis no mercado esportivo global.

Atualmente, a OutField Strategies assessora 3 Clubes envolvidos neste processo de ida à mercado e diálogo com investidores, sendo um deles o próprio Maringá Futebol Clube. Um projeto extremamente consistente e no qual a própria OutField, por meio da sua gestora de recursos (OutField Ventures) é acionista, acreditando firmemente na curva de crescimento do mercado e nas possibilidades concretas que o Maringá possui de ser um vencedor na próxima década.