A Wanda Diamond League, organizada pela World Athletics, é uma das principais competições de atletismo do mundo, com 15 eventos anuais entre abril e setembro. Cada evento dura três horas e apresenta 16 provas, alternando entre corridas e provas de campo. Os atletas acumulam pontos conforme suas colocações, com os melhores se classificando para a Final da Diamond League. Os pontos vão de oito para o primeiro lugar até um para o oitavo, e os vencedores recebem prêmios de US$10.000, com bônus adicionais de US$30.000 para campeões finais e US$50.000 para recordes mundiais.
Mesmo muito bem prestigiada dentro da modalidade, a premiação da Diamond League ainda é abaixo do Campeonato Mundial de Atletismo, que acontece a cada dois anos. Realizado em Budapeste, na Hungria, em 2023, a última edição do mundial pagou um total de US$8.498.000 aos medalhistas, US$70.000 para o primeiro lugar, US$35.000 para o segundo e US$ 22.000 para o terceiro, nas premiações individuais.
Principal patrocinadora da competição desde 2020, a Wanda Group, maior empresa de varejo da China, assinou contrato de US$ 100 milhões com a Diamond League para ter seu nome na competição até 2030. Outro grande parceiro da Diamond League, é a fabricante Suíça de relógios de luxo, Omega, que desde 2010 investe na competição.
A Diamond League é a terceira maior competição de Atletismo, atrás do Campeonato Mundial, e dos Jogos Olímpicos. Mesmo com apenas mais duas etapas da Diamond League no ano, o atletismo vem ganhando mais espaço e popularidade na mídia mundial principalmente por causa de dois motivos.
O primeiro é relacionado a premiação nos jogos Olímpicos de Paris, onde tornou-se o primeiro esporte a introduzir prêmios em dinheiro, pagando US$ 50 mil aos medalhistas de ouro, ideia do órgão regulador do esporte, a World Athletics.
O segundo motivo é devido ao documentário “SPRINT” da Netflix, que fala sobre a vida de alguns dos atletas mais famosos do esporte, como Noah Lyles e Shericka Jackson. O documentário consegue atrair desde os amantes do esporte até os menos familiarizados com o atletismo, através de conteúdos exclusivos, técnicas narrativas e um pouco da vida pessoal dos atletas.
Apostando em séries esportivas e transmissões ao vivo, como a compra por 5 bilhões de dólares para transmitir o WWE por 10 anos e dois jogos da rodada de Natal da NFL, por 150 milhões de dólares, a Netflix enxergou neste mercado uma oportunidade de lucro e de atingir novas audiências.
Por anos, o foco da Netflix era em número de assinantes, mas depois da entrada do esporte nos streamings, o tempo gasto assistindo conteúdo na plataforma ganhou mais importância, e nesse quesito, o esporte é uma ferramenta excelente para prender a audiência.
Não só a Netflix, mas alguns de seus concorrentes, como Disney+, em parceria com a Espn, e a Apple, que transmite a MLS e tem planos de transmitir o super Mundial de Clubes em 2025, também entraram na onda de transmitir esportes ao vivo. Não querendo ficar para trás, a Amazon fechou um contrato de 11 anos por R$429 bilhões ao lado de Disney e NBC para a transmissão da NBA a partir do ano que vem, além de investir 115 milhões de dólares na Diamond Sports Group.
A partir de 2024, a Ampere Analysis estima que o total gasto por plataformas de streaming em direitos esportivos seja de 9,8 bilhões de dólares (7,72 bilhões de libras).