As Olimpíadas de 2024 começam oficialmente nessa sexta-feira em Paris. Segundo o comitê organizador da competição, os gastos para organização, infraestrutura na cidade e a construção de equipamentos esportivos estão previstos em US$ 9,1 bilhões ou R$ 51,47 bilhões de reais, menor valor desde as Olimpíadas de Sydney em 2000 onde foi gasto cerca de US$ 8,1 bilhões.
Tradução: Custo dos Jogos Olímpicos de Verão de 1996 a 2020, com uma previsão para 2024 (em bilhões de dólares) – Fonte: Statista (2024)
Embora Paris tenha sido escolhida como cidade-sede das Olimpíadas de 2024, nem todos os eventos ocorrerão na capital francesa. O futebol será disputado por todo o país, enquanto os eventos de vela acontecerão em Marselha, mas nenhum deles está tão distante quanto o local escolhido para o surfe deste ano.
Este será realizado em Teahupo’o, uma vila na costa sudoeste da ilha de Tahiti, na Polinésia Francesa, a cerca de 15.730 quilômetros de Paris, o local olímpico mais distante já visto em relação à cidade-sede.
Teahupo’o é conhecido pelas ondas gigantes, água cristalina e o formato das ondas enquanto os surfistas estão no mar. O local faz parte do circuito da World Surf League há anos e a escolha para sediar as Olimpíadas foi alinhada com a ambição de Paris 2024 de envolver os territórios ultramarinos franceses e suas comunidades, enquanto mostra o rico e diversificado patrimônio do país.
Os organizadores planejavam gastar US$ 5 milhões para construir um espaço maior e mais seguro para juízes, oficiais e jornalistas em um evento de surfe. Isso envolveu perfuração do recife para instalar uma fundação de concreto, o que ameaçou os corais e o ecossistema marinho. Os habitantes locais protestaram contra a construção, preocupados com danos irreparáveis ao recife e à vida marinha. Após forte resistência, os organizadores reavaliaram e decidiram construir uma torre menor e mais leve, mantendo o plano inicial de construção, apesar das propostas alternativas da comunidade e da International Surfing Association. A nova torre foi concluída em março, duas semanas antes do previsto, e está pronta para começar a funcionar no período das Olimpíadas.
O Brasil, que tem o surfe como um dos esportes mais populares do país, ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio em 2021 com Ítalo Ferreira e tem tudo para alcançar o lugar mais alto do pódio em Paris novamente, mas dessa vez com Gabriel Medina. Na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb também tem chances de medalha. Será a terceira vez que Paris vai sediar as Olimpíadas (1900 e 1924). Com a abertura da competição às margens do Rio Sena e estruturas montadas em pontos turísticos como a Torre Eiffel e o Palácio de Versalles, a edição 2024 das Olimpíadas promete ser marcada pela acessível locomoção de transporte público, sustentabilidade, investimentos nas áreas mais pobres e estruturas temporárias reutilizáveis comportando 100% de energia renovável.
Confira abaixo alguns dados sobre os impactos econômicos das Olimpíadas 2024:
Tradução: Estimativa do impacto econômico geral da fase de preparação e realização dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 na França, de 2017 a 2024, por cenário (em milhões de euros) – Fonte: Statista (2024)
Tradução: Estimativa das emissões de carbono nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 a 2021, com uma previsão para 2024 (em milhões de toneladas de dióxido de carbono) – Fonte: Statista (2024)
Tradução: Estimativa do impacto econômico geral da fase de preparação e realização dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 na França, de 2017 a 2024, por cenário (em milhões de euros) – Fonte: Statista (2024)