A Inteligência Artificial ganha cada vez mais espaço no dia a dia das empresas, seja criando textos, imagens, facilitando análises de grande volume de dados, ajustando projetos de engenharia e outros inúmeros usos em diferentes frentes de negócios. No esporte não é diferente, os recursos de IA vem sendo cada vez mais utilizados para o treinamento de atletas, experiência dos espectadores e análise de desempenho.
Atletas e equipes utilizam IA para analisar grandes volumes de dados coletados durante treinos e competições. Algoritmos avançados conseguem identificar padrões complexos e fornecer insights valiosos sobre estratégias de jogo, tomadas de decisão e desempenho físico. Isso permite ajustes precisos no treinamento e no planejamento tático, melhorando a eficiência e a eficácia dos esportistas.
Dentro do esporte, vemos estes quatro recursos sendo mais utilizados:
Análise Preditiva: utiliza dados de desempenho de equipes e atletas para prever resultados de jogos ou competições. Além de considerar fatores como condições meteorológicas, lesões e estatísticas.
Análise de Dados: analisa grandes volumes de dados, como estatísticas de jogo, dados biométricos de atletas, e informações de desempenho para identificar padrões e tendências que podem influenciar o resultado de jogos ou melhorar o desempenho dos atletas. Também permite que treinadores personalizem programas de treinamento com base em dados individuais de cada atleta, otimizando o desenvolvimento e a recuperação.
Reconhecimento de Padrões: bom uso de técnicas de visão computacional para analisar vídeos de partidas e identificar padrões de movimento, formações táticas, e técnicas individuais de cada pessoa.
Machine Learning: modelos de machine learning podem prever o risco de lesões com base em dados de desempenho e histórico médico dos atletas, ajudando na gestão proativa da saúde e na prevenção de lesões. Algoritmos de machine learning podem identificar padrões de desempenho que levam ao sucesso, sugerindo ajustes no treinamento ou estratégias para maximizar o potencial dos atletas e equipes.
Em 2024, a IA ganhou ainda mais relevância em grandes eventos esportivos como Wimbledon, onde juntamente da IBM, expandiu o uso de Gen AI com a função “Catch Me Up”, que gerou cartões pré e pós-jogo com histórias de jogadores, além de conter estatísticas-chave e destaques da partida, assim como resumos diários do dia. A última edição da Euro também contou com um recurso de Inteligência Artificial. A tecnologia Connected Ball da adidas enviou dados precisos da bola para os árbitros de vídeo em tempo real informando a posição do jogador com a ajuda da inteligência artificial, o que foi fundamental na identificação dos impedimentos.
Nas Olimpíadas de Paris, a IA também não ficará de fora, já utilizada em algumas das modalidades, a tecnologia se fará presente dentro da Vila Olímpica com o intuito de bloquear o abuso nas redes sociais entre os 15 mil atletas presentes. Em um dos esportes mais tecnológicos do mundo, a F1, a IA também é figurinha carimbada sendo utilizada para identificar quando um carro sai dos limites da pista de corrida, além de coletar, processar e analisar grandes volumes de dados em tempo real, o que permite às equipes tomar decisões estratégicas durante as corridas
Além disso, a IA está transformando a experiência dos fãs. Plataformas de transmissão utilizam algoritmos para personalizar a entrega de conteúdo, estatísticas em tempo real, venda de ingressos, produtos e comportamento de torcedor. No Brasil, a @ Be Pass, atualmente presente no Allianz Parque e parte das investidas de Capital 2 da Outfield utiliza um recurso chamado de Machine Learning, que em conjunto com a Inteligência Artificial, analisa dados e permite a entrada de torcedores no estádio via reconhecimento facial.
Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial está desempenhando um papel fundamental na transformação do esporte, seja para tornar os jogos mais justos e com menos erros ou impulsionando tanto a performance dos atletas quanto a experiência dos fãs para novos patamares de excelência e inovação.